A pergunta que mais se ouve no mundo do futebol atualmente é, qual o segredo do sucesso do Levante? Explicar isso é um verdadeiro dilema, pois ontem tive a oportunidade de acompanhar o jogo do Levante contra a Real Sociedad e não vi nada de mais. No primeiro tempo, a maior pressão foi do time basco que mandou na partida. No intervalo, desisti de ver o jogo e escolhi o campeonato italiano para assistir. Mas, quando procuro saber o resultado, vejo que o time valenciano conseguiu uma incrível virada com direito a um gol no último minuto de jogo.
Vendo o time, não se vê nenhum craque, pelo contrário. Os jogadores até são experientes, deixando o time como maior média de idade de La Liga, mas sem nunca terem feito tanto sucesso nos clubes maiores. O técnico, Juan Ignácio Martinez, nunca foi um técnico de expressão. Então, como fazer com que esse time seja líder de um campeonato em que se tenha Real Madrid e Barcelona, decorrido dez rodadas?
O segredo do sucesso pode ser o mesmo que levou outro time modesto a um patamar europeu na temporada 2001/02. Estou falando do Chievo. O time de Verona jamais havia chegado na série A e em sua primeira temporada, alcançou o grande feito de chegar na sétima posição, classificando-se para a antiga Copa Uefa, após ter liderado a competição por seis rodadas. O sucesso daquele time comandado por Luigi Delneri era a coletividade. Liderados pelo brasileiro Eriberto, Marazzina e Corradi, o time gialloblú jogava junto desde a série B e quando subiu, contou com um diferencial, que era saber seus limites.
E o Levante de hoje parece ser um time assim, coeso. Sabe que dificilmente brigará por título e tem como principal meta, não voltar para a segunda divisão. Para isso, contará com o esforço de seus principais jogadores, como Ballesteros, Jualnu, Valdo e Rubén, que, ao todo, ganham no ano o que os jogadores do Real Madrid ganham por semana, mostrando que camisa ganha o jogo sim, mas desde que ela fique suada com a dedicação.
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