14/05/2012

A Itália lamenta


O último domingo foi marcante na velha bota. Apesar de já ter falado superficialmente desse assunto no último post, não me contentei e precisei vim falar, aprofundadamente de três grandes nomes do futebol italiano. Deixarei Nesta de lado, mas ele também tem sua importância, porém, Gattuso, Inzaghi e Del Piero são jogadores que emocionaram torcedores.

Começando pelo craque juventino, Ale sempre foi um astro. Técnica, habilidade e hombridade. Digo isso porque, mesmo consagrado, após vencer uma Copa do Mundo, preferiu continuar na Juventus, ainda que o time jogasse a Série B. Diferente de alguns outro ídolos, ele, ao lado de Buffon ficou e desde aquela época, foi "imortalizado" pela torcida. Mas, Del Piero tinha a capacidade de encantar até outros torcedores. Ele foi aplaudido em Old Trafford e no Santiago Bernabéu, depois de jogos espetaculares contra Manchester United e Real Madrid, respectivamente. A única frustração dos bianconeri é que Ale não encerrará a carreira no clube. Após desavenças com os donos que não renovaram seu contrato, ele deverá rumar ao mundo árabe ou para o futebol norte americano.

Enquanto Del Piero vê seu futuro fora da Europa, Gattuso, o cão de guarda do Milan por treze anos e vê seu contrato chegando ao fim, pode atuar na Escócia. Após passar boa parte da temporada fora de combate por um problema na vista e o Milan planejar uma rejuvenescida no elenco, a saída de Gattuso foi natural. Porém, nada que diminuísse seus feitos, sua garra, sua raça, sua vontade em campo e sempre honrou, tanto a camisa rossoneri quanto a camisa da azzurra. Em uma cena rara, ontem se viu o carrancudo chorando, para emocionar qualquer fã de futebol. Agora, ele poderá voltar vestir a camisa do Rangers, clube que defendeu durante um ano e tem um carinho enorme.

Por fim, venho falar de um dos meus jogadores favoritos. Considerado o "melhor grosso do futebol", Inzaghi nunca foi um craque, pelo contrário. Falta de técnica e de habilidade marcaram sua carreira. Mas os mais de 300 gols na carreira comprovam o quão diferente ele era. Ficava inúmeras vezes impedido, dava caneladas na bola, era lento e muito mais, mas sabia fazer gols e comemorava cada um como se fosse o último. Sua paixão na comemoração era contagiante e emocionante. Por amor ao Milan, recusou outros times, mesmo que tivesse de ficar apenas no banco de reservas durante toda a temporada. Ao final do cotejo ante o Novara, cogitou até repensar a decisão que arrancou lágrimas de Tiziano Crudelli.

A temporada na Itália acaba e a torcida da Juventus faz a festa, porém, com a despedida desses jogadores, todos ficaram tristes.

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