09/02/2010

Um espaço (e merecido) para o Super Bowl XLIV

A história do Super Bowl XLIV começa bem antes desse último final de semana. Ela começa exatamente em 29 de agosto de 2005, com a passagem do furacão Katrina pela costa sul dos Estados Unidos, mais exatamente na cidade de New Orleans. O furacão teve ventos de mais de 200km/h e poucas horas depois pode se contabilizar o prejuízo.

Cerca de 80 % da cidade foi destruída, com casas encobertas de água ou apenas escombros do que sobrou de outras casas.

Mais de um milhão de pessoas tiveram que ser evacuadas para outros locais e muitas delas se abrigaram no estádio do New Orleans Saints, o Superdome.

Com isso os Saints, jogaram toda a temporada regular de 2005 longe de sua cidade. Jogos em New York, Louisiana e San Antonio. O resultado disso, foi uma temporada com apenas três vitórias.

De lá pra cá, a história dos Saints começou a mudar.

Em 2006, Drew Brees, desprezado pelo San Diego Charges, após ser operado no ombro e dado pelos médicos como incapaz de voltar a jogar, recebeu um voto de confiança do recém chegado técnico Sean Payton. Com Brees e as boas escolhas no draft (seleção de jogadores universitários), como por exemplo Reggie Bush, começou uma nova fase na era dos Saints.

Em 2006, eles chegaram a final de conferência, mas perderam para o Chicago Bears.

Nessa temporada, os Saints conquistaram 14 vitórias consecutivas, mas perderam as três ultimas.

Já o Indianápolis Colts, seu futuro adversário no Super Bowl, tinha tudo para conseguir a temporada perfeita, mas o técnico Jim Caldweel preferiu poupar os principais jogadores, mesmo contra a vontade deles.

Isso foi motivo para muitos críticos condenarem a opção, gerando conversas sobre possíveis mudanças nas regras da NFL e acabou fazendo com que os Colts perdessem um pouco do apoio para o SB.

Durante a semana, se falava mais dos Colts que dos Saints, e foi isso que Payton usou como motivação para seus jogadores.

Ele perguntava para os jogadores quem tinham sido os campeões de cada Super Bowl. Todos respondiam, até a hora que perguntou quem tinha sido o vice campeão de um certo ano. E ninguém soube reponder.

Payton falou que se eles quisessem ser lembrados por toda a história teriam que ser os campeões.

Enfim chegou o dia do grande jogo, e era claro, mesmo de longe que o N.O. teria a maioria do apoio popular, não só da cidade mas de várias outras pessoas ao redor do mundo, por tudo que houve desde o Katrina.

Por ser novata na história do SB, seria até normal que os Colts saíssem em vantagem. Abriram 10 a 0.

Antes do intervalo, os Saints diminuíram o placar para 10 a 6.

O show do The Who, parece que foi incentivante para a equipe de Louisiana que ao voltar do intervalo, Sean Payton foi ousado e ao invés de dar a saída com o tradicional chute que atravessa o campo, ele preferiu fazer um Onside Kick (chute que tem ao ultrapassar 10 jardas para virar uma bola livre, e qualquer jogador pode ficar com ela).A ousadia foi coroada com a posse de bola ficando com os Saints. Logo em seguida, Pierre Thomas, converte o primeiro Touchdown da franquia no SB. E da-lhe ousadia para Payton. Arriscou a conversão de dois pontos, que só foi confirmada após os árbitros conferirem o lance no replay.

Mas o lance que praticamente garantiu garantiu o título foi quando Tracy Porter interceptou o passe de Peyton Manning e converteu o TD.

E com todas as glórias possíveis enfim chegou o auge, não só dos Saints, mas da cidade de New Orleans.

Ao final do jogo se percebia um choque de emoções, tanto de jogadores, treinadores e torcedeores dos Saints quanto dos Estados Unidos e do Mundo ao ver a redenção de New Orleans.

Foto: nfl.com

Sem dúvida, o jogo emocionou até que não é fã de futebol americano. Não a toa foi visto por mais de 100 milhões de pessoas.

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