Ao ver o Uruguai campeão ontem tive uma sensação que muitos outros, tenho certeza que também tiveram, a de justiça. Não que o Paraguai não merecesse afinal ninguém chega a uma final a toa, mas se tem uma nação que a muito não se orgulha da garra que seu time, ou no caso, sua seleção apresenta em campo.
O Uruguai, desde a eliminação na repescagem da Copa da Alemanha para a Austrália, entrou nos trilhos. Óscar Tabarez chegou com a missão de trazer o orgulho de volta a uma seleção que impunha medo nas outras. Ele conseguiu fazer isso não só na seleção principal, mas também nas seleções de base. Os resultados começaram a chegar a partir da Copa do Mundo de 2010, quando a equipe voltou a se destacar em um mundial, passaram pela classificação às Olimpíadas, na final do mundial sub-17 e termina, provisoriamente, com o 15º título da Copa América.
Mesmo não começando bem a competição, o Uruguai foi crescendo e mostrou que era o grande favorito quando eliminou a Argentina. Contando ainda com a eliminação do Brasil, tudo se encaminhava para que o povo uruguaio voltasse a ter prazer pela seleção. Na final, uma vontade descomunal dos jogadores, que deixaram o Paraguai sem ver a cor da bola o jogo inteiro.
Caravanas de ônibus pintaram de azul celeste a cidade de Buenos Aires e fizeram o Monumental parecer o Centenário. Tudo pronto para a festa que ao apito final de Sálvio Spinola consagrou Suarez, Forlán, Lugano e cia como a geração que devolveu o orgulho de uma nação.
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