25/03/2012

Ele quase foi craque: Dominic Adiyiah


A seleção ganesa, em especial as categorias de base, sempre se destacou por revelar bons nomes para o futebol mundial. Foi assim com Essien, Gyan, Appiah, Asamoah e mais recentemente os irmãos Ayew. E foi justamente ao lado do Ayew mais velho, o André, que um jovem destaque surgiu no Mundial sub-20 de 2009, disputado no Cairo. Dominic Adiyiah brilhou mais que o filho de Abedi Pelé, conquistando além do título, os prêmios de artilheiros e melhor jogador.

Bastou isso para Adiyiah chamar atenção de ninguém menos que o Milan. Pronto, surgia um ganês que decolaria ainda cedo no futebol europeu. Mas a história Nic, seu apelido, não foi das melhores (pelo menos até o momento).

Depois de surgir na filial ganesa do Feyenood, em 2006 com apenas 17 anos, ele ganhou experiência no Heart of Lions, ainda em Gana. No ano seguinte foi para a Noruega, no modesto Fredrikstad. Dois anos se ambientando ao futebol europeu, mas sem tanto brilho.

Sua ida ao Mundial parece ter sido a melhor coisa, afinal, sempre que se ganha do Brasil, ainda mais em uma final, todos querem saber quem são. Sem titubear ao escolher o Milan, Adiyiah poderia ser uma solução imediata aos problemas ofensivos do time. Mas o então técnico Leonardo preferiu não arriscar e Adiyiah acabou emprestado à Reggina.

Sem muito o que festejar na Calábria, retornou ao Milan na expectativa de finalmente deslanchar nos rossoneri. Não foi. Emprestado ao Partizan, Adiyiah até jogou bem, mas não o suficiente para vestir a camisa milanista. Com a chegada de Ibrahimovic, Cassano e contando com Pato (raramente) e Robinho, além do eterno Inzaghi, a garotada do ataque do Milan precisou buscar espaço e outros cantos. Palloschi roda a Itália mas já conta com espectativas de voltar ao Milan, enquanto o ganês não tem tanta esperança. Nem no Karsiyaka, da Turquia, o futebol promissor de Adiyiah apareceu. Ele pode ser apenas mais um bom valor de categoria de base que sente o peso de jogar profissional ou apenas precisa de um pouco de confiança.

Hoje no Arsenal de Kiev ele tem mais uma chance de vingar, e pode ser a última. Próximo de completar 23 anos, entra em uma idade crucial para um atleta. Se não engrenar, terá apenas o sabor de pelo menos um dia falar que assinou contrato com o Milan.

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