29/04/2012

Verdadeiros capitães



Uma das cenas mais emocionantes do fim de semana esportivo aconteceu na França. Lyon e Quevilly, clube semiprofissional da terceira divisão faziam a final da Copa da França. Estádio Saint Dennis lotado, a torcida do Lyon pouco empolgada, em compensação, a do Quevilly era só alegria, ao ver o time voltar a disputar uma final após 85 anos.

O jogo era dominado pelo time da elite. Sem maiores problemas o Lyon abriu o placar e não se preocupou tanto com o jogo, enquanto os canários, como é conhecido o time da terceira divisão, lutava bravamente em busca de um gol. Até teve algumas poucas chances, mas a disparidade técnica era grande e o time teve que se contentar com o vice, que não tira o brilho do feito do time amarelo, afinal eliminou o Olympique de Marseille.

Na entrega das medalhas, o brasileiro Cris, capitão do Lyon foi o último à subir as tribunas do estádio, mas não subiu sozinho. Ele trouxe consigo o capitão da equipe rival, Beaugrard e na entrega da taça, os dois capitães levantaram o troféu. Apesar de o título ser do Lyon, Cris mostrou respeito e consideração com o modesto time, num mais puro gesto de desportividade.

A outra cena envolvendo capitão de uma equipe, não foi tão agradável como a de Cris, mas não foi menos honrosa. Puyol, o eterno capitão do Barcelona, deu uma lição de moral em dois companheiros de equipe.

Depois de já estar vencendo o Rayo Vallecano por 4 a 0, o brasileiro naturalizado espanhol Thiago Alcântara, filho do tetracampeão Mazinho marcou o quinto gol da equipe catalã e, junto com Daniel Alves iniciou uma dancinha, em frente a torcida do time adversário. Imediatamente, Puyol foi lá e acabou com a “graça” e tirou os dois jogadores e levou-os até o meio campo para dar sequência ao jogo.

Apesar de muitos não terem aprovado a atitude do camisa 5, Pep Guardiola seguiu a mesma linha e pediu desculpas à torcida do Rayo, mostrando que Puyol mostrou-se respeitoso perante o adversário que mesmo após estar levando uma goleada e não fugiu às regras do jogo.

Em tempos de violência em campo, é bom ver atitudes gloriosas de dois capitães de seus times, que demonstram ser as pessoas certas à trajar a braçadeira.

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