Uma das cenas mais emocionantes
do fim de semana esportivo aconteceu na França. Lyon e Quevilly, clube
semiprofissional da terceira divisão faziam a final da Copa da França. Estádio
Saint Dennis lotado, a torcida do Lyon pouco empolgada, em compensação, a do
Quevilly era só alegria, ao ver o time voltar a disputar uma final após 85
anos.
O jogo era dominado pelo time da
elite. Sem maiores problemas o Lyon abriu o placar e não se preocupou tanto com
o jogo, enquanto os canários, como é conhecido o time da terceira divisão,
lutava bravamente em busca de um gol. Até teve algumas poucas chances, mas a
disparidade técnica era grande e o time teve que se contentar com o vice, que
não tira o brilho do feito do time amarelo, afinal eliminou o Olympique de
Marseille.
Na entrega das medalhas, o
brasileiro Cris, capitão do Lyon foi o último à subir as tribunas do estádio,
mas não subiu sozinho. Ele trouxe consigo o capitão da equipe rival, Beaugrard
e na entrega da taça, os dois capitães levantaram o troféu. Apesar de o título
ser do Lyon, Cris mostrou respeito e consideração com o modesto time, num mais
puro gesto de desportividade.
A outra cena envolvendo capitão
de uma equipe, não foi tão agradável como a de Cris, mas não foi menos honrosa.
Puyol, o eterno capitão do Barcelona, deu uma lição de moral em dois
companheiros de equipe.
Depois de já estar vencendo o
Rayo Vallecano por 4 a 0, o brasileiro naturalizado espanhol Thiago Alcântara,
filho do tetracampeão Mazinho marcou o quinto gol da equipe catalã e, junto com
Daniel Alves iniciou uma dancinha, em frente a torcida do time adversário. Imediatamente,
Puyol foi lá e acabou com a “graça” e tirou os dois jogadores e levou-os até o
meio campo para dar sequência ao jogo.
Apesar de muitos não terem
aprovado a atitude do camisa 5, Pep Guardiola seguiu a mesma linha e pediu
desculpas à torcida do Rayo, mostrando que Puyol mostrou-se respeitoso perante
o adversário que mesmo após estar levando uma goleada e não fugiu às regras do
jogo.
Em tempos de violência em campo,
é bom ver atitudes gloriosas de dois capitães de seus times, que demonstram ser
as pessoas certas à trajar a braçadeira.
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