Classificação à italiana

Balotelli vibrou na sua melhor maneira, marrento

Foi com sofrimento e longe do belo futebol, mas no melhor jeito Itália de se classificar que a Azzurra venceu a Irlanda e contou com a ajuda da Espanha para avançar à próxima fase. Como de costume, os italianos teriam um jogo decisivo e chegaram para ele pressionado para evitar mais um fiasco em sua história. Para isso, Prandeli mudou o time, tirando Balotelli, para a entrada do baixinho Di Natale, além de trocas seus laterais. 

Apesar de motivado, o time italiano não pecava na qualidade. Mesmo pressionando, foram poucos chutes ao gol de Given, além de se expor em lances inocentes na defesa. A tranquilidade só veio quando Cassano marcou o primeiro gol. Mas não que tenha sido aquele gol, de estufar a rede, longe disso. Foi à moda italiana, com uma pitada de sofrimento. Depois de cruzamento de Pirlo, o atacante do Milan cabeceou entre as mãos de Given, e apesar de Duff chutar a bola, não evitou que ela entrasse.

O gol tranquilizou os italiano, mas esperavam ainda o que viria a sair do duelo entre Espanha e Croácia. Mesmo com alguns bons ataques, o time italiano se viu pressionado mas no final do jogo, Balotelli deu o grand finale e garantiu a vitória italiana.

Mas, antes que a Itália pudesse comemorar, precisava esperar que houvesse um vencedor no outro duelo do grupo. Um empate com gols poderia tirar os italianos da Euro. Mas, o que tudo indicou, desde o início é que esses gols não deveriam vir. A tradicional qualidade de toque de bola e a pressão no adversário, normalmente imposta pela Espanha pouco aconteceu. Pelo lado croata, uma única preciosa chance, mas que parou em Casillas.

Apesar de não tão ousada quanto outrora, a Fúria conseguiu o gol, já no final do jogo, com Jesus Navas e confirmou o primeiro lugar do grupo e de quebra, levou a Itália consigo. Para os que acham que os italianos só chegaram na sorte e devem ficar pelo caminho, é bom ficar de olho pois esses italianos, com o futebol feio, já seguraram os mesmos espanhóis que são os donos da bola na Europa.