Nem tudo está perdido

Eram dez jogos de invencibilidade e tudo estava mil maravilhas na seleção brasileira após os amistosos contra Dinamarca e Estados Unidos, até aparecer o México. Apesar de ter perdido a seleção não foi de todo mal e já fez partidas piores. Ao contrário de muitos que, através das redes sociais manifestaram o seu total desprezo contra a seleção, mano e alguns jogadores em particular, se tem uma hora que não deveríamos reclamar, é agora.

Mesmo com a derrota, esses jogos mostraram que enfim encontramos jogadores certos e uma filosofia de jogo ideal. Depois de muitas críticas, finalmente jogadores e treinador merecem um elogio, pouco menos de dois anos após o início de trabalho de Mano na seleção. Mesmo com alguns problemas a ser corrigido, esse time é capaz de lutar pelo inédito ouro olímpico. Para ser campeão na Copa do Mundo ainda é cedo para se dizer, mas seguindo essa linha, temos chances.

Como falei aqui recentemente, entre erros e acertos, a seleção que vimos nesses últimos amistosos é o que podemos chamar de espinha dorsal do que será da nossa seleção nos próximos dois anos. Claro que jogadores como Daniel Alves e Ramires ainda tem muito espaço e devem ocupar seus postos ao final dos Jogos Olímpicos. Desses jogos, o que pode se destacar, além da formação de uma “espinha dorsal” da seleção com Thiago Silva, Marcelo, Oscar e Neymar, foi a determinação do time, marcação sobre pressão no campo de ataque e consolidação de jogadores como Hulk e Sandro que finalmente tiveram uma sequência.

O que vimos em três jogos deverá ser um belo esboço do que veremos em 2014. Derrotas acontecem, se os melhores também perdem quem dera os que ainda não estão nesse patamar. O México é daqueles nossos carrascos, mas quando precisam decidir pra valer “jogam como nunca e perdem como sempre”. O que não podemos fazer é achar que tudo deve sair e outro time deve chegar. Todos sabem das minhas preferências com Mano. Não o acho o ideal, mas já que está ali, tem que ter apoio e confiança.

No próximo sábado, teremos um duelo contra a Argentina. Mesmo sabendo que se perder eu e Mano seremos criticados, sei que se a vitória vier todos enaltecerão a seleção novamente. O pontapé inicial para a Copa, em termos de time está dado – apesar de estar um pouco atrasado, tal como as obras – mas o caminho é esse.