Taiti. Todos conhecem essa pequena ilha da Polinésia
Francesa, na Oceania, como um lugar paradisíaco. Poucos sabem que por lá a bola
também rola, claro que não com a mesma qualidade que nos campos tupiniquins.
Agora, me responda se você já imaginou ver uma partida da seleção local.
Se alguém respondeu sim, certamente duvidarei. Mas, se
respondeu que não, pelo menos agora você terá a chance. Isso porque os
gloriosos taitianos venceram a Copa da Oceania, garantindo vaga na Copa das
Confederações, que será justamente aqui no Brasil, no próximo ano. Um fato
inédito do país que quebrou uma hegemonia de quase trinta anos, com Austrália
(agora incorporada à Federação Asiática) e Nova Zelândia.
Apesar de três vices campeonatos (em 1973, 1980 e 1996) um
título era muito difícil, afinal teriam que desbancar a Nova Zelândia (que
disputou a última Copa do Mundo), amplamente superior em termos de atletas e
estrutura. Mas como os neozelandeses foram eliminados pelas Ilhas Salomão, nas
semifinais, a tarefa para os taitianos ficou um tanto quanto mais fácil.
Eles que vivem no “paraíso”, jamais poderiam imaginar que o
paraíso deles será o Brasil, em 2013 e estar frente a frente com seleção do
porte de Brasil e Espanha (muito provavelmente enfrente uma delas). O título é
inimaginável, mas só de ter essa maravilhosa experiência, já valerá e muito
para eles. A emoção da vitória foi tamanha que o técnico do time, Eddy Etaeta,
não conseguia dar entrevista ao final do jogo, tantas eram as lágrimas.
Técnica, qualidade ou habilidade dificilmente você não verá,
caso queira ver os taitianos no Brasil. Mas caso vá a alguma das sedes para
presenciar o jogo, você deparará com um povo muito simpático, honroso e acima
de tudo maravilhado, com o nosso paraíso, o do futebol.
* Esse texto foi escrito no dia que o Taiti conquistou a vaga, mas não foi publicado antes, por causa da Eurocopa.
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