A eterna briga em adequar o calendário brasileiro (ou sul-americano) ao calendário dos principais campeonatos europeus pode estar com os dias contados. O audacioso projeto de Michel Platini para assumir a presidência da Fifa tem a proposta de um calendário anual, tal como utilizamos no Brasil, com a temporada iniciando em fevereiro ou março e acabando em dezembro, como um dos principais projetos.
Antes que alguém relute em aceitar, é bom saber que países como Suécia e Dinamarca já se mostraram a favor. O pensamento de Platini é justamente esse, buscar apoio nas pequenas federações que, devido ao clima frio são obrigados a adotar o calendário lunar e se beneficiariam com a mudança, especialmente nas competições europeias, na qual entrariam em igualdade de ritmo com outros times. Mesmo sabendo que técnicos como Arsene Wenger e Alex Ferguson serem a favor do projeto por não precisarem jogar no período festivo e frio do fim de ano, é nas menores federações que darão mais votos à Platini e é nisso que ele se apoia, além do simples fato de adotar um calendário anual, sem precisar começar em um ano e terminar no outro.
Mas, além de beneficiar muitos países europeus, a mudança sugerida por Platini teria reflexos também no Brasil. Países da Ásia rendem muito mais dinheiro e muito mais visibilidade para um grande clube europeu, mas com um planejamento correto, os grandes clubes poderiam excursionar ou até mesmo receber times europeus para fazer a preparação para a temporada.
Porém, de nada adianta o calendário europeu se reinventar e abrir espaço para os clubes de outros continentes, se aqui continuarmos no marasmo e ainda acreditarmos que um estadual com 23 datas nos levará à algum lugar.
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