16/12/2011

Inversão de papeis

La U não menosprezou a Copa Sulamericana e foi campeã do torneio

A Copa Sulamericana é similar à Liga Europa. A comparação é válida e muito usada, também, não é para menos, ambas são as segundas competições da América do Sul e Europa, respectivamente.

Até pouco tempo atrás, a competição sulamericana era pouco valorizada e todos davam como exemplo o torneio europeu, um modelo para a competição. No velho continente, o torneio tem um grande peso, servindo até como um consolo para os desclassificados na primeira fase da Liga dos Campeões, enquanto por aqui, a Copa Sulamericana era tratada como um atraso, um entrave no meio de uma temporada que chegara ao seu auge (no caso do campeonato brasileiro).

Hoje, conseguimos fazer com que o relegado torneio atraia a atenção dos grandes clubes latinos e principalmente brasileiros, muito em função da vaga à Libertadores do ano seguinte, dada ao campeão da competição. Por outro lado, na Europa, muitos clubes vêm menosprezando o secundário torneio do continente. O exemplo fica nítido na competição atual, cujo qual, alguns grandes clubes não deram a mínima para e jogaram todas ou grande parte das partidas da primeira fase com o time misto ou totalmente reserva. Tottenham e PSG são bons exemplos disso. Mesmo com o poderio financeiro de ambos, vão disputar apenas competições locais no primeiro semestre de 2012. Para os ingleses, que não colocaram o time titular em nenhum jogo e ouviram da boca do próprio treinador que a competição não interessava para eles, é preferível focar na busca por uma vaga na próxima Champions League.

Outros dois ingleses, os rivais de Manchester, também não estão dando a mínima para a competição, uma vez que entraram nela sendo eliminados na primeira fase da Liga dos Campeões e também preferem juntar forças para o campeonato inglês à “perder tempo” jogando a Liga Europa.

A inversão de papeis é clara e obvia, mas pouco percebida e divulgada. Mas, agora, quem sabe parem fazer com que nos espelhamos neles. Hoje temos um torneio valorizado e está se tornando uma espécie de obsessão para os brasileiros, enquanto na Europa, alguns times só esperam o torneio acabar. 

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