09/03/2012

Desfazendo de uma idolatria

Depois de tanto ajudar o time, Peyton se despede dos Colts

Você já imaginou Paolo Maldini com outra camisa a não ser a do Milan, Del Piero com alguma que não fosse a da Juventus ou Totti com alguma outra maglia? Sendo nacionalista, já imaginou Marcos ou Rogério Ceni vestindo a camisa do Corinthians, do Grêmio ou do Cruzeiro?

Difícil, não é. Mas é essa a sensação dos torcedores do Indianápolis Colts deve estar sentindo, afinal, o maior jogador da história da franquia, Peyton Manning, está de saída do clube que defendeu por nada menos que 18 anos, mas ainda sem destino definido.

Antes que você pense em parar de ler o texto achando que ele tratará de futebol americano, peço para ler mais um pouco, pois ele falará de ídolos e não de esportes.

Como já tinha falado antes, ver algum ídolo, principalmente de seu clube, saindo, quase que pela porta dos fundos parece ser meio traumatizante. Mas hoje em dia, o pensamento de dirigentes é só em aproveitar os seus ex-craques para lucrar num último instante. Assim aconteceu com muitos, como Cannavaro, Beckham ou Henry. Tá certo que muitos deles até fizeram algum esforço para sair, mas se fossem realmente amados, não só pela torcida, jamais sairiam. Quando se quer, é possível fazer um esforço.

Por mais velhos que esse jogador seja, sua presença ainda é importante para passar sua experiência e impor respeito quando seu time jogava. Ou você acha que os atacantes não se tremiam todo ao bater um pênalti frente à Marcos?

Ídolo é sempre um ídolo. E a torcida sabe disso. Mesmo vestindo uma outra camisa, ele ficará marcado por onde mais honrou, no caso de Manning, os Colts.

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