É difícil entender como um técnico que foi campeão, tirando o time de um
limbo que já perdurava por doze anos, com um time modesto recheado de jogadores
que são fracos até para time de segunda divisão é mandado embora com
o pretexto de que já não havia mais como motivar esse mesmo time do
qual tirou leite de pedra durante dois anos. Ainda mais sabendo que esse
mesmo treinador foi campeão mundial com a seleção brasileira, mas em uma época
onde ninguém acreditava, que já fez ressurgir a seleção portuguesa, além de comandar
um dos grandes clubes do mundo.
Felipão, de tantas glórias com o agasalho do Palmeiras, é ídolo entre os
torcedores, mas dessa vez nem isso foi possível para segurá-lo no cargo. As
sequentes derrotas e o perigo de mais um rebaixamento na vida do clube quase
centenário foi o estopim para a queda do treinador. Mesmo depois de segurar a
onda com tão pouco, fazer jogadores modestos como Luan, Mazinho, Maurício Ramos
e Henrique peças fundamentais em sua passagem pelo alviverde, o próprio
treinador já sabia que estava difícil segurar a onda.
Risório é que em um país onde a torcida faz a cabeça da diretoria para
mandar embora o comandante, dessa vez a torcida alviverde, em sua grande parte,
não queria que o segundo treinador com mais partidas pelo clube saísse. E
com razão. Se Felipão não consegue dar motivação à um time, quem conseguirá? Alguns
pensam da maneira que é preciso de mudança para chacoalhar o elenco, mas a
confiança de alguns jogadores vinham justamente por ver o comandante bigodudo
no banco de reservas. Além do mais, era um protetor do elenco, defensor de
jogadores que com algum outro técnico já estariam bem longe do Palestra Itália
e o melhor, sabia o que era o clube. Ninguém que chegar agora, terá o mesmo
peito que deve Scolari para bater de frente com diretores que querem que o
Palmeiras se exploda.
Mas, agora já foi. Nomes livres no mercado é o que preocupa. Quem será
capaz de tirar o Palmeiras dessa situação? Quem será capaz de suportar a
comparação com Felipão? E o principal, quem será capaz de suportar o ambiente do
Palmeiras às vésperas de eleições no clube?
Venha quem vier, não apagará a história de Felipão no Palmeiras. Mesmo
sabendo que essa passagem foi pífia, pôde celebrar o título da Copa do Brasil e
ainda ter um carinho eterno dos torcedores.
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