A Venezuela deixou o Paraguai chupando dedo e segurando a lanterna das Eliminatórias
Difícil entender como uma seleção que foi vice campeão sul-americana a pouco mais de um ano e hoje amarga a lanterna das eliminatórias. Se ainda fosse alguma seleção que normalmente ficava nessa colocação não havia com o que se surpreender, mas o Paraguai já participa da Copa do Mundo desde 1998 consecutivamente e foi quadrifinalista na última edição, conquistando seu melhor resultado.
A seleção é a mesma base, apenas um ou outro jogador vem mudando, mas a grande e principal mudança foi no comando técnico. Desde que Gerardo Martino deixou o cargo, ao final da Copa América, o time não se encontrou. Arce, grande ídolo paraguaio assumiu, mas não resistiu à cinco jogos oficiais nas eliminatórias. Com quatro pontos em quatro jogos, a Federação Paraguaia decidiu que era hora de trocar. Arce deixou o comando desapontado pela maneira como saiu. Em seu lugar, Gerardo Pelusso foi o responsável pelo cargo, depois de fazer um bom trabalho na Universidade de Chile e no Olímpia. Mas bastou os jogos acontecerem para ver que o problema está além do treinador. Pelusso teve duas derrotas em dois jogos, sendo uma para a Venezuela em casa.
Martino pode ter deixado uma boa base, considerada uma das melhores e promissoras da América do Sul, mas os técnicos seguintes não deram sequência. Como não conseguiram acertar ainda, só Arce e Pelusso saberão dizer. Se Arce já é passado, Pelusso tem a missão de não deixar os paraguaios de fora do Mundial no Brasil. E terá muito trabalho para isso, uma vez que Colômbia e Equador que foram meros coadjuvantes nas últimas eliminatórias, voltaram a se destacar e se candidatam como dois fortes concorrentes às vagas. Somam-se a eles a Argentina, provável classificada e Uruguai, que mesmo capengando deve chegar, além de Chile e Venezuela que ainda sonham.
A situação paraguaia já é complicada. Oito pontos atrás do primeiro classificado e com mais dez jogos a fazer, terá que se desdobrar e voltar a jogar o futebol que impunha respeito nos adversários de todo o mundo. Resta saber se sem Martino, ainda há motivação e superação suficiente aos jogadores, desse time que antes era um time de verdade, mas hoje não passa de um "time paraguaio".
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