Foram cerca de 60 minutos defendendo pela última vez a meta alviverde e mais alguns como o "goleador do rachão". O suficiente para nostalgizar todos os torcedores alviverdes. O sonho realizado em ver os dois maiores craques (Marcos e Ademir da Guia) da história palmeirense juntos em campo, nem que seja por poucos minutos foi de encher os olhos de lágrimas. Marcos, enfim se despediu. Se despediu do clube que amou desde criança, que defendeu com todo fervor, que quebraria o pescoço para ver o time campeão paulista em 2008 e que recusou um Arsenal qualquer para ficar "em casa".
Foram 20 anos no clube, mas número algum é capaz de representar sua história. Um tempo que hoje vemos o quão rápido passou. Perdemos o goleiro, mas sempre teremos o torcedor. A partir de hoje, só resta lembrança. Lembranças que vão desde o inesquecível pênalti defendido de Marcelinho à furada incrível contra o Vitória ou à falha no Mundial de 1999. Porém, falha nenhuma, por maior que tenha sido jamais será capaz de sequer ofuscar o brilho de um eterno camisa 12. Só não digo que foi o melhor goleiro da história do Palmeiras, porque foi graças aos ensinamentos de Oberdan Catani e Valdir Joaquim de Morais que Marcos foi o que foi, é o que é.
O carinho da organização em atrasar o jogo para que exatamente na virada do dia 11 para o dia 12/12/12, todas as atenções fossem voltadas para o "santo" foi marcante. Uma despedida que ficará na memória. Talvez a mais emocionante que já houve. O discurso de agradecimento à todos que ele fez, eramos nós, torcedores palestrinos que deveríamos fazer para Marcos por tudo que ele fez pelo nosso clube e principalmente por nos fazer amar cada vez mais o Palmeiras.
Sua hombridade em não querer bater um pênalti permaneceu até mesmo em um jogo festivo. Mas graças a pressão dos companheiros, foi lá e marcou o gol que a torcida palmeirense sempre sonhou ver. A festa só não foi completa pois o palco não era o Palestra Itália, casa do Palmeiras, altar de São Marcos.
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