10/08/2011

Amor eterno

Em comemoração ao aniversário de 38 anos de Javier Zanetti, vou reproduzir um texto de minha autoria, publicado no dia 23 de fevereiro no site do 3toques.  


Poucos jogadores estrangeiros tem uma relação de amor com time e torcida. Vestir a camisa do clube por mais de 500 jogos é coisa rara hoje em dia. Ainda mais se esse jogador se transforma no maior jogador da história do clube, para inúmeros torcedores.

Javier Zanetti é argentino de nascimento, mas já é italiano de alma. Vive na bota desde seus 22 anos de idade quando trocou o Banfield pela Inter de Milão. Zanetti foi a primeira contratação do, então, novo presidente do clube nerazzurro da cidade da moda, Massimo Moratti.


Lateral, volante, meia...tanto faz. Zanetti faz o que for possível pelo time. É um jogador idolatrado pela torcida, que dá o sangue para honrar a camisa que veste.

Zanetti, iniciou sua trajetória no clube azul e preto de Milão, vindo do Banfield, após ter iniciado a carreira no Talleres. Pupi, como era conhecido na Argentina, chegou como um volante, mas graças a sua versatilidade, inspirada em seu ídolo, Lottar Matthäus, aliada a resistência e confiabilidade lhe garantiram um lugar no time. Com a aposentadoria de Giuseppe Bergomi, que se encerrou a carreira em 1999, Zanetti assumiu a braçadeira de capitão.

Il Capittano, como os torcedores o chamam está prestes a alcançar a marca de Bergomi como jogador que mais atuou pela Inter. Até o momento são 732 partidas, 26 a menos que Bergomi. Porém com sua polivalencia de poder jogar nas duas laterais, como volante ou como meia, chegará em pouco tempo à marca histórica. Sua vontade é encerrar a carreira na Inter e continuar por lá, mesmo depois de abandonar os gramados. E se depender da torcida, não há dúvidas que Zanetti fique, afinal ele foi escolhido, no ano do centenário, por um votação na página oficial do clube como o maior jogador da história da Inter, superando ninguém menos que Giacinto Facchetti, ídolo italiano que jogou durante 18 anos na Inter.

Zanetti é amado pela torcida da Inter. E poucos são os jogadores que se identificam com uma torcida, com um time e com uma cidade, vindo de outros países. Casos como Mauro Silva que é um mito na cidade de La Coruña ou Luis Pereira em Madrid, podem se comparar à Zanetti, mas é cada vez mais difícil ver um jogador que se identifique tanto com um clube, vindo de fora e se torne ídolo mesmo depois que pare de jogar.

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