Todos sabem e eu já cansei de falar o quão difícil é para um time do interior sobreviver em meio aos rios de dinheiros que vivem os principais clubes. Porém, nem com tanto sufoco para sobreviver seus torcedores dão valor nisso. Pois é, nesse fim de semana pude presenciar isso de perto.
Sábado de carnaval, seis e vinte da tarde. Lá estava eu no estádio Novelli Júnior, em Itu, para acompanhar o esperado duelo entra Ituano e Catanduvense. Eu e os quase 500 torcedores. Isso mesmo, não é cinco mil, são QUINHENTOS. Já começam ai os problemas. O time já é pequeno, apenas o Santos (na TV fechada), dos grandes times jogavam nesse horário e o torcedor nem se preocupa em prestigiar o time que vai mal das pernas.
Quando vai os grandes, o estádio enche...mas para torcer para o adversário.
A situação do Galo (mais lindo do mundo?) é crítica. Na zona de rebaixamento com apenas cinco pontos, o time dispensou seus dois principais jogadores (Otacílio Neto e Evando) sem nenhum motivo justificado até o momento e vê apenas em Kleiton Domingues um pingo de esperança.
Mal o jogo começou e o pessoal começa a pegar no pé do lateral esquerdo (Gustavo). O pior é que nem o nome dele sabem. Tudo o que ele fazia estava errado, na opinião daqueles que nunca jogaram bola e num veem ao estádio para apoiar. Com a desvantagem no placar, começaram a criticar o lateral Anderson Salles. Acho que muitos não sabem que eles é umas das principais armas do time, principalmente na bola parada.
E as babaquices não pararam por aí. Ao fim do jogo, mesmo com o empate conquistado à duras penas, no sufoco, a torcida ao invés de aplaudir ou ao menos comemorar, da-lhe ofensas. Sobrou até para Juninho Paulista, homem forte do Ituano que está injetando muito dinheiro aos clubes. Se está ruim com ele, imagina sem ele.
Sei que alguns times estão em situações desesperadoras, tanto no campeonato, quanto financeiramente, mas se continuar assim, não vai melhorar. Quem for ao estádio, ao menos apoie os fracos jogadores que "honram" suas cidades.
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