12/02/2012

Nem Hollywood faria melhor

28 de abril de 1993. Um avião que levava a seleção de Zâmbia ao Senegal para a disputa de um amistoso, explodiu logo após a decolagem e matou, tragicamente, todos os 18 jogadores da equipe, cotada para ser um possível zebra na Copa do Mundo de 1994. O acidente ocorreu em Libreville, capital do Gabão.

Quis o destino que 19 anos depois, a seleção de Zâmbia retornava ao país onde ocorreu uma das maiores tragédias do país. Mas dessa vez, os jogadores atuais poderiam trazer para o um dos países mais pobres do mundo, uma alegria inimaginável.

Desacreditada, Zâmbia chegou à Copa Africana de Nações e logo surpreendeu ao se classificar em um grupo onde o favorito era Senegal. Depois, eliminou uma das seleções da casa, Guiné Equatorial, que sediara o torneio junto com o Gabão. Na semifinal passou por Gana, uma das favoritas ao título. Só de chegar até aí, já era uma baita surpresa.

Um dia após a vitória que levaria o time à final, eles foram até a praia onde os destroços do avião ficaram após o acidente, para lembrar as vítimas. Mas, parece que aqueles jogadores de 93 mandaram uma energia sobrenatural para os jogadores desse time.



Na final, contra a poderosa seleção da Costa do Marfim, nesse domingo, Zâmbia jogou uma partida espetacular. Controlou o jogo, mas viu o título escapando pelos dedos com o pênalti em cima do marfinense Gervinho. Mas, a estrela da companhia, Drogba, desperdiçou.

Sem gols até o final dos 120 minutos, o jeito era decidir nos pênaltis. Entre os cinco iniciais, todos fizeram. Nas alternadas, no terceiro pênalti da Costa do Marfim, Kolo Touré perde, mas o destino queria ver Zâmbia angustiada mais um pouco, pois Kalaba também desperdiçaria. Porém, no pênalti seguinte, Gervinho isola e, dessa vez, Sunzu marca e dá o inédito título ao país africano. Uma emoção que foi sentida não só pelos zambianos, mas sim por todo o estádio e por todos aqueles que amam o futebol e sabe que fatos como esse não acontecem sempre.

Se os principais cineastas de Hollywood tentassem, não fariam um filme com uma história tão perfeita.


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