08/04/2012

Pé na bunda de Valcke e uma mostra de respeito do senado brasileiro

Sei que o assunto não é tão atual, mas me senti na obrigação de escrever esse texto enquanto viajava nessa Páscoa. Para não guardá-lo em meus arquivos apenas como mais um, divido com vocês, caros leitores.


Todos conhecem a balburdia que é o futebol brasileiro. E desde que a FIFA passou a fiscalizar a Copa do Mundo, que será realizada em 2014, aqui no Brasil, a situação ficou ainda mais escancaradas. Porém, bastou o representante de fiscalização de obras, o secretário francês, Jerome Valcke dizer que o Brasil precisava de um pontapé no traseiro para acelerar as obras, para soltarmos os leões contra quem merece e o senado brasileiro exigir um pouco de respeito.

A prova disso foi o veto que o senado nacional impôs à Valcke. O convite para acompanhar o andamento das obras foi única e exclusivamente ao presidente Joseph Blatter. O senador paranaense Roberto Requião, presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte completou a “exclusão” com uma celebre frase:

- Com educação e elegância, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte deu um bicudo nas redondas abundâncias de “Volcke” e da Fifa.

Muito além de ironia, a declaração de Requião simbolizou uma mostra de respeito aos brasileiros, até então fazendo-se valer pela presidente – ou presidenta, como queiram – Dilma Rousseff, em brevíssimos momentos.

Depois de mais de 500 anos sendo “enganados”, maltratados e visto como um pobre coitado por estrangeiros é a vez de, enfim, impormos um pouco de respeito. Não qualquer entidade de futebol ou de qualquer outra modalidade que pensa que pode chegar aqui e fazer/falar o que quiser. Ainda estamos muito longe de se igualar a uma Alemanha que deixou a Fifa quietinha no seu canto enquanto organizava a Copa do Mundo de 2006, mas esse pode ter sido um primeiro passo. 

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