29/07/2012

A seleção que se dane


Brasileiro tem fama de patriota, ainda mais quando o assunto é futebol. Mas esse é papo para inglês ver, porque basta a seleção entrar em campo para que tudo mude. Se em décadas passadas apoiávamos a seleção em todo canto, hoje, muitos não querem nem saber.

Hoje, quando o assunto é seleção brasileira, tudo o que se houve dizer são reclamações. O time é uma porcaria, tal jogador não deveria estar jogando, esse outro não pode ficar no banco, que aquele não está 
nem aí e até, que a seleção caia fora logo para ele voltar ao meu time.

É entendido que a preocupação atual é com os times cujo quais os torcedores acompanham diariamente, diferente da seleção. Mas, poxa, não preciso nem lembrar que o ouro será inédito para a seleção, o único título que falta na nossa gloriosa sala de títulos. Além disso, é bastar chegar à final (que esperamos que aconteça) que todos esses pararão na frente da TV para vibrar, comemorar e muito provavelmente enaltecer o time. Agora se perder, volta a ser a mesma porcaria de sempre.

Se na década de 1950, vivíamos o complexo de vira-lata, por não conquistar títulos, hoje vivemos uma espécie de complexo de arrogância, já que nunca nada está bom na seleção, mas quando chega, “somos” os melhores.

Enquanto estamos no Brasil, se preocupando pouco, na Inglaterra a seleção caminha a passos largos para um título inédito, capaz de encher de orgulho muitos que hoje querem que a seleção se dane.

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