19/07/2012

Futebol não tem dia


O sonho de quase todos os garotos é um dia ser jogador de futebol. Vestir a camisa de um clube grande e da seleção, ter milhares de pessoas te aplaudindo e vangloriando, ser entrevistado pelos repórteres entre outras coisas que o mundo do futebol proporciona é o que todos se imaginam num futuro. Porém, para grande parte o sonho de jogar profissionalmente, acaba. 

As reprovas nas peneiras chegam a um ponto em que o atleta sabe - mas não se conforma - e tem que desistir. Para os que conseguem, bola para frente. Para os que não conseguem, também. Escolher uma outra área de atuação não significa abdicar daquilo que foi o ápice da infância, jogar bola.

Hoje, muitos suprem a carência futebolística, disputando partidas na várzea, em campos de terra, em peladas com os amigos, nos finais de semana ou até mesmo na rua. Transformam seu sonho em um hobby. Mesmo já jovens ou adultos, jogam, cheios de alegria, da mesma maneira que, quando ainda crianças, esperavam uma chance bater a porta e mesmo sabendo que hoje, o futebol não lhe renderá dinheiro e sucesso, mas sim muitas dores, brigas com parceiros ou faltas em aula ou serviço. Nada que desanime os bravos "jogadores" ou "peladeiros".

O futebol não-profissional, muito mais que um esporte, une amigos e até inimigos em volta de uma bola e um campo, mesmo que muitas vezes improvisado. Jogam e depois se reúnem para discutir o jogo. O papo se prolonga que as vezes supera até mesmo o futebol profissional, transmitido na TV. A zoação, a provocação, a vontade de pisar em um campo, uma quadra ou um amontoado de areia motiva cada vez mais a todos continuarem jogando futebol.

Hoje pode até ser o dia do futebol. Mas para quem é apaixonado por ele, futebol não tem dia.

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