Esquiva Falcão, um nome que a partir de hoje entrará para o hall dos grandes boxeadores brasileiros. Apesar de não ter a mesma fama que teve Acelino Popó ou Éder Jofre, ele superou todas as adversidades e colocou o esporte tão menosprezado no país pelos dirigentes, na busca por uma medalha dourada.
Para um lutador de boxe, seu nome chega a ser sugestivo, mas a maior esquiva de sua vida não foi no ringue e sim ao se afastar do COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Patrocinado pelo Programa Petrobrás de Esporte e Cidadania, sob a coordenação de Magic Paula, foi, junto com seu irmão, Yamaguchi e de Adriana Araújo responsável pela melhor participação brasileira na história do Brasil no boxe olímpico. Mas bastou chegar à disputa da final para aparecerem oportunistas querendo receber os louros de uma vitória em que eles não deram um mínimo de contribuição.
Adriana, após conquistar o bronze olímpico, despachou um cruzado de esquerda contra Carlos Arthur Nuzman e os maus tratos dele e das comissões com o boxe brasileiro. Em entrevista ela chegou a acusar alguns dirigentes de afirmar que o boxe brasileiro nas Olimpíadas é perca de tempo e não rende medalhas.
Nossos lutadores mostraram o quão errado estavam e agora, abrem a boca para nocautear quem não merece vencer. Tal como outros esportes, o COB deixa de dar atenção e o resultado é facilmente visto. Dos principais medalhistas brasileiros, grande parte recebe incentivos de outras fontes. Ontem, Diogo Silva, quarto colocado no taekwondo falou que a volta para casa, sem medalhas significa voltar novamente ao buraco, mostrando que os atletas brasileiros não tem respeito nenhum.
Por isso, Esquiva, vença o japonês na final do boxe, nos traga esse ouro e assim que Nuzman chegar ao seu lado, de um ippon...ops, esse é outro esporte, mas mesmo assim, o que vale é o golpe, que mostre que o vencedor foi o atleta e não o comitê que o destrata.
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