Até hoje muitos o criticam pela "arrumada no meião", no gol de Henry, que eliminou o Brasil da Copa do Mundo de 2006 ou pela bicicleta furada no jogo ante a Dinamarca na Copa do Mundo de 1998. Difícil é lembrarem de suas conquistas com a seleção ou do tempo que se manteve como dono da posição no Real Madrid, onde é sempre reverenciado. Esse é Roberto Carlos, agora um ex-jogador.
O anúncio da aposentadoria de RC3 não surpreende, afinal, o fim de carreira chega para todos e sua idade já é bem avançada. Muitos só lamentam que seja tão distante do público brasileiro. Porém, esse lamento não deve considerar aqueles que tanto o crucificaram por sua passagem no Corinthians, quando acusavam-no de ser responsável por algumas falhas cruciais. Ele foi, mais uma vez na Europa, e em pouco tempo já estava íntimo do presidente do Anzhi, seu último clube, chegando a assumir até o comando técnico do time.
Apesar de algumas atitudes racistas, muito comum na Rússia, Roberto Carlos jamais se abateu e seu enorme prestigio o manterá no velho continente, na missão de tornar o Anzhi tão conhecido quanto ele.
Roberto Carlos é injustiçado, mas somente em seu país. Em todos os continentes, é reverenciado. Eu sempre o admirei. Sua potência de chute sempre foi inspiração para muitos, seu senso de marcação pode não ser dos melhores, mas nada que atrapalhasse o sucesso de ser um dos melhores do mundo em 1997, ainda em início de carreira.
Dentre tantos motivos, não hesito em colocar Roberto Carlos como um dos grandes jogadores da história do futebol e um dos maiores laterais esquerdos. Falhas acontecem e nenhuma pode ser tão crucial a ponto de manchar uma história belíssima desse grande jogador.
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