27/12/2011

Merecem tanto?

Vale R$ 600 mil por mês? 

O futebol virou um espetáculo e os “artistas” estão cobrando cada vez mais caro. Essa é a imagem do futebol mundial atualmente. A entrada de dinheiro de sheiks árabes, de bilionários russos e das empresas /empresários esportivos com o intuito de valorizar “seu” atleta ou clube inflacionou o esporte do povo.

O que mais se fala em período de transferência é quanto os jogadores receberão de salário. E a valorização de jogadores pernas de pau só faz crescer o preço de um jogador. Em qualquer time de ponta, principalmente dos grandes centros do Brasil, é difícil imaginar que algum jogador ganhe menos de 50 mil reais.

Recentemente vi a notícia de que Douglas, aquele mesmo que era escorraçado pela torcida corintiana e que foi vaiado por muito tempo no Grêmio, hoje pede 600 mil mensais para assinar com o Palmeiras. Isso mesmo 600 mil. Hoje, ganha cerca de 250 mil no tricolor gaúcho. Fazendo as contas (salários + prêmios) seriam quase 10 milhões reais no ano. Muito para quem não é nenhum grande astro. Situação parecida vive o Corinthians, tentando repatriar William, atualmente no Shakhtar. Porém, o jogador quer voltar ganhando igual ou muito parecido com o que pagam os ucranianos.

O Brasil entrou em um patamar que gasta demais com jogadores risórios. A bonança em grana fizeram dirigentes perderem a cabeça e gastar sem olhar para trás (e para frente). Continuando nesse ritmo, diversos times se verão em apuros dentro de pouco tempo. Daí sobrará criticas à diretorias passadas e coisa e tal.

Uma das mais claras evidências de que estamos gastando demais pode ser visto em Neymar. Não que não valha cada centavo investido nele, mas as ofertas que surgiram, inclusive o suposto acerto com o Barcelona fariam ele ganhar menos do que ganha hoje, jogando no Santos.

Acho que está na hora de pensarmos um pouco e avaliar quanto cada jogador merece ganhar. Longe de mim julgar quanto cada um merece/deve ganhar, mas muitos por aí teriam de dar-se por contente ganhando uns dois ou três salários mínimos.

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