28/12/2011

Retrospectiva 2011

Posso dizer que, futebolisticamente, em termos nacionais meu ano não foi dos melhores. Porém, como grande apreciador do futebol, não tenho do que me queixar. Vi lágrimas de felicidade e de tristeza, vi tabus serem quebrados, vi pequenos derrotarem grandes e mais do que tudo, vi a verdadeira essência do esporte.

O ano até que começou bem, afinal o Corinthians foi eliminado precocemente da Libertadores e eu, como bom palmeirense, não podia deixar de tirar uma casquinha. Mas tão logo a alegria se tornou tristeza, pois um dos meus grandes ídolos abandonou os gramados graças a essa derrota. Ronaldo parou de jogar e suas palavras na despedida emocionaram todo o Brasil.

Em campos europeus a felicidade foi maior, a começar pelo Schalke que fez uma inédita e espetacular campanha na Liga dos Campeões, chegando até a semifinal, na qual acabou perdendo para o Manchester United. Mas a grande partida foi contra a Inter, onde o time alemão ganhou de 5 a 2 em plena Itália. De quebra ainda venceu a Copa da Alemanha.


E toda essa brilhante campanha se deve muito a Raúl. O atacante espanhol é o grande líder do time e, somado a sua categoria e seus gols, tornaram essa uma das grandes temporadas dos azuis reais, mesmo com uma pífia colocação na Bundesliga.

Outro time azul e branco que se destacou foi o Porto. Comandado por André Villas Boas o time português foi a grande sensação da Europa League, tendo a dupla Falcão-Hulk quase que imparável. O atacante colombiano se transferiu para o Atlético de Madrid e o técnico português para o Chelsea, deixando o avante brasileiro sozinho, mas ainda assim segue valorizado e é uma das grandes cobiças do mercado europeu.


Mas o Porto não surpreendeu a Europa. Os times que deram o que falar nessa primeira fase da Liga dos Campeões foram Basel e APOEL. Os suíços eliminaram o todo poderoso Manchester United enquanto os cipriotas foram mais além e venceram o grupo que tinha o próprio Porto,  Zenit e Shakhtar.

Em termos de seleções nacionais, a maior surpresa foi a Venezuela que, sob o comando de César Farias, alcançou o quarto lugar na Copa América. Depois de surpreender a América, agora a seleção vino tinto quer surpreender o mundo se conseguir a vaga para a Copa do Mundo, mostrando o quanto evoluiu o futebol venezuelano.

Mas, o ano de 2011 ficará marcado também pelo ressurgimento de times tradicionais que haviam sumido do cenário mundial, mas hoje já voltam a figurar com destaque, como Feyenoord, que revitalizou seu futebol apostando em jovens jogadores, mesmo que emprestados, Sporting, que aposta em um novo modelo de gestão esportiva e o querido Santa Cruz, que se livra do calvário da quarta divisão e teve todo o fanatismo de sua torcida reconhecido até na Espanha.


E para encerrar o ano com chave de ouro, nada melhor que falar do Barcelona. O time que encantou o mundo ganhou tudo no ano e mostrou para os torcedores a essência do futebol arte. Em todos os jogos mostrava um toque de bola envolvente e até certo ponto irritante. Até nas horas mais difíceis, quando se esperava a derrota, sempre surgia um Xavi, um Iniesta, um Villa, um Fábregas ou um Messi para dar a vitória ao time catalão. Hoje, o jeito de jogar do time blaugrana é referência mundial e deixam o time como um dos melhores da história. Se tantos outros times fantásticos eu não pude ver jogar, esse eu posso me gabar que tive o prazer de ver brilhar em campo.

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