Paciência de criança

O russo gastará horrores sem a vaga na Champions?

Após um breve período de descanso, cá estou, ainda mais motivado. Como primeiro post de 2012, um texto que incitará o leitor a pensar um pouco sobre, até quando durará a paciência dos donos de clubes.

Deve ser o máximo para o torcedor ver seu time, que pouco conquistou na história, de uma hora para outra poder contratar quem bem entender, brigar por títulos, destroçar times modestos e não precisar olhar para parte de baixo da tabela de classificação. Chelsea e, agora, Manchester City são os melhores exemplos disso. Claro que ainda há diversos times seguindo esse padrão. O Corinthians passou por um período de bonança em 2005 quando trouxe Tevez e Mascherano.

A questão é, até quando esses bilionários russos, árabes ou sei lá de onde terão gana, terão prazer em "torrar" dinheiro com esses clubes? Enquanto estiver dando certo, enquanto os títulos chegarem, não há dúvida que mais investimentos virão. Mas e se os resultados não acontecerem?

O Chelsea, controlado por Román Abramovic desde 2003, já gastou mais de 1 bilhão de euros, muito desse dinheiro investido em jogadores que produziram pouco, como Fernando Torres, e após mais de 19 rodadas na Premier League, o time azul de Londres briga para entrar no grupo dos times classificados para a Champions League. Além disso, já decepcionou na Carling Cup e se classificou apenas na última rodada na competição européia. Pouco, mesmo com vários times de peso nas competições.

Agora, imaginem a cena se os blues não se classificarem à Liga dos Campeões. Com toda a certeza o investimento não será o mesmo. Com reforços modestos para disputar o maior sonho de consumo do russo, fica mais difícil brigar com os rivais ingleses e consequentemente todo o sonho de quase uma década pode ir por água abaixo. Abramovic pode se cansar de seu brinquedinho e deixar o Chelsea as traças, tal como fez Kia Jorabichian no Corinthians.

É um risco que se corre. Só saberemos o futuro o Chelsea ao final da temporada, mas é bom Villas Boas e os outros técnicos dos times endinheirados ajeitarem seus times para não sofrerem ainda mais na temporada seguinte.