Nem todos o conhecem, mas Martin O'Neill é um dos técnicos mais valorizados e cobiçados do futebol britânico. O norte-irlandês que fez sucesso quando jogou no vitorioso Nottingham Forest do final da década de 1970, iniciou sua carreira como treinador em equipes quase amadoras já nos anos 80. Após boas passagens por Wycombe e Leicester, despontou para o cenário europeu no Celtic, já no início do século 21.
A boa passagem na Escócia lhe garantiu a chance de treinar o Aston Villa, até então um time de meio de tabela. Mas, nas quatro temporadas em que teve por Birmingham, O'Neill elevou o patamar dos Villans, fazendo com que o time fizesse frente aos grandes e brigando por vagas nas competições europeias.
Depois de problemas internos, o técnico escocês deixou o time azul-grená. Cotado como sucessor de Alex Ferguson, no Manchester United ou como novo treinador da seleção inglesa, fazia sombra a qualquer treinador pendurado no cargo. Porém, Martin não estava com pressa para arrumar emprego. Dado como certo no Sporting-POR, Tottenham e West Ham, preferiu ficar a paisana, talvez em busca de algo desafiador.
Com a queda de Steve Bruce do cargo de treinador do Sunderland, o nome do norte-irlandês foi um dos mais lembrados. E no time do norte O'Neill encontrou seu desafio. Depois de recusar (?) times grandes, ele escolheu o modesto time, que não vivia boa fase e beirava a zona da degola.
A chegada de Martin transformou o time que nos últimos jogos saiu da zona de perigo para o décimo posto na tabela, com quatro vitórias nos últimos sete jogos, incluindo uma sensacional vitória contra o líder Manchester City. O "Harry Potter" organizou o time em pouco tempo mostrando todo seu potencial. Com ele, a chance do Sunderland brigar por algo mais na Premier League aumenta.
A escolha pelo time vermelho e branco mostra que o treinador não quer se expor muito em times (ou seleções) de ponta e prefere ter uma consistência de trabalho em times mais modestos, sem tanta pressão do que sofrer com egos das grandes estrelas do futebol e a paciência curta de alguns dirigentes. Com um contrato de três anos no time, O'Neill terminará seu vínculo com o Sunderland juntamente com a possível aposentadoria de Ferguson no Manchester United. Pode ser que, finalmente, o treinador assuma um lugar de grande destaque. A simpatia do treinador escocês ele já tem. Para o futebol isso pode ser muito bom, já que Martin O'Neill é muito melhor do que ele se considera.
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