Aprendendo

Aos poucos, o BATE começa a sentir o gosto das vitórias na Champions League

Alguns times não se cansam de disputar a Champions League, porém não falo dos gigantes como Barcelona, Real Madrid, Bayern, Milan, Chelsea, Manchester United e alguns mais, falo sim daqueles times que jogam todo ano, mas se não darem vexame já estão no lucro, casos do Dínamo Zagreb, Basel, Partizan, APOEL e por ai vai. 

De tanto jogar, alguns times desses que chegam com pouca expectativa acabam gostando da sensação de ouvir o hino que emociona até quem está a milhares de quilômetros de distância e aprendendo a disputar a grandiosa competição. A experiência negativa acaba sendo revertida e depois de tanto apanhar começam a gostar de encarar gigantes de frente.

Na última edição, a sensação foi o APOEL, que ninguém apostava nada e acabou chegando às quartas de finais, sendo eliminado apenas pelo Real Madrid. Já na atual edição, vemos dois times que podem dar muita dor de cabeça em dois favoritos. 

O primeiro é o Cluj. O time romeno que nunca incomodava ninguém já mostrou suas armas, goleando o Braga, em pleno território português, por 3 a 0, contrariando até mesmo o mais entendedor de futebol. Quem dera o placar tenha sido uma casualidade. O time romeno não tomou um pingo de sufoco e poderia ter feito até mais gols. Em seu segundo duelo, receberia o Manchester United, que ficou fora da fase final na última edição por menosprezar o Basel. Seria a prova de fogo para os romenos, mas nem mesmo os diabos vermelhos assustaram o Cluj, que ficou na frente do marcador por boa parte da primeira etapa e mesmo tendo levado a virada, não entregou de mão beijada os três pontos.

Quem não entregou ponto algum foi o BATE. Nos dois primeiros jogos da atual edição, somou seis pontos, em sua duas primeiras vitórias na história (!) da competição. Vitórias sobre Lille, time que já venceu o campeonato francês e vem jogando com regularidade a competição e do atual vice campeão Bayern, deixando espantado o mundo da bola e provando que pode atrapalhar o grupo F.

E é assim, jogando com regularidade, apanhando no começo que alguns times pequenos podem ganhar espaço no cenário europeu, em uma forma proporcional à do Porto (mesmo sabendo que o time tem tradição e já havia vencido anteriormente), que venceu o torneio em 2004 e de lá para cá não parou de crescer.