A Juve usa o esquema desde a última temporada, com possibilidades de variações.
A última rodada do campeonato italiano na temporada passada
teve a coincidência de 8 dos 20 times estarem usando o esquema com três zagueiros. Utilizado
por Lazaroni na Copa de 1990 e criticado pelos brasileiros, hoje ele vem sendo
utilizado até menos onde menos se espera. Países como Inglaterra e Alemanha,
nos quais o padrão tático é quase um mantra, começa a se ver obrigado a usar o
esquema com três zagueiros.
Por aqui, começamos a usar devido à fragilidade defensiva
dos nossos laterais. Sem condições de marcação, deixaram-se eles livres para
subir ao ataque sem a mesma preocupação defensiva. A evolução dos laterais para
alas, com constantes avanços e a falta de senso de marcação obrigou os treinadores a recuar um
volante ou trocar um meia por um novo zagueiro.
E é assim em boa parte dos times italianos. Tomem como
exemplo Napoli e Udinese, dois times que já atuam no esquema há duas temporadas,
tem como alas Zuñiga e Maggio no time do sul e Basta e Armero no time do norte.
São quatro jogadores que tem mínimas qualidades defensivas. Sem bons laterais de ofício, até mesmo no mercado, a atual campeã Juventus
também se rendeu aos três zagueiros. Mais recentemente, até mesmo o Milan optou
pelo terceiro zagueiro.
Mas, ver o esquema na Itália não é tão estranho. Nada normal
é ver os ingleses no esquema. Historicamente jogando com quatro defensores, com
zagueiro fazendo as vezes do lateral, hoje, conta com jogadores defensivos cada vez menos
versáteis e para utilizar o trio na última linha, aposta até em meias para fazer as
funções de ala. Até o momento, o Liverpool é o time que mais se utiliza dos
três defensores, mas ainda não é algo constante,
é apenas uma opção. Porém, é uma prática que vendo sendo cogitada por outros times.
Na Alemanha, outro país que raramente se viu o esquema, o
Wolfsburg utilizava com alguma frequência os defensores quando tinha em seu
comando o polêmico Felix Magath. Tudo bem que a situação do time colaborava
para diversas mudanças, mas uma defesa mais sólida agradou o treinador.
Ofensivo ou defensivo, depende dos jogadores e da
mentalidade do treinador. Apreciado ou não, depende dos jogadores à disposição
e de como o time está treinado para jogar com o esquema. Será que a moda volta
ao Brasil?
Nenhum comentário:
Postar um comentário