31/10/2012

Os três zagueiros estão de volta, até onde menos se imaginava


A Juve usa o esquema desde a última temporada, com possibilidades de variações.

A última rodada do campeonato italiano na temporada passada teve a coincidência de 8 dos 20 times estarem usando o esquema com três zagueiros. Utilizado por Lazaroni na Copa de 1990 e criticado pelos brasileiros, hoje ele vem sendo utilizado até menos onde menos se espera. Países como Inglaterra e Alemanha, nos quais o padrão tático é quase um mantra, começa a se ver obrigado a usar o esquema com três zagueiros.

Por aqui, começamos a usar devido à fragilidade defensiva dos nossos laterais. Sem condições de marcação, deixaram-se eles livres para subir ao ataque sem a mesma preocupação defensiva. A evolução dos laterais para alas, com constantes avanços e a falta de senso de  marcação obrigou os treinadores a recuar um volante ou trocar um meia por um novo zagueiro.

E é assim em boa parte dos times italianos. Tomem como exemplo Napoli e Udinese, dois times que já atuam no esquema há duas temporadas, tem como alas Zuñiga e Maggio no time do sul e Basta e Armero no time do norte. São quatro jogadores que tem mínimas qualidades defensivas. Sem bons laterais de ofício, até mesmo no mercado, a atual campeã Juventus também se rendeu aos três zagueiros. Mais recentemente, até mesmo o Milan optou pelo terceiro zagueiro.

Mas, ver o esquema na Itália não é tão estranho. Nada normal é ver os ingleses no esquema. Historicamente jogando com quatro defensores, com zagueiro fazendo as vezes do lateral, hoje, conta com jogadores defensivos cada vez menos versáteis e para utilizar o trio na última linha, aposta até em meias para fazer as funções de ala. Até o momento, o Liverpool é o time que mais se utiliza dos três defensores,  mas ainda não é algo constante, é apenas uma opção. Porém, é uma prática que vendo sendo cogitada por outros times.

Na Alemanha, outro país que raramente se viu o esquema, o Wolfsburg utilizava com alguma frequência os defensores quando tinha em seu comando o polêmico Felix Magath. Tudo bem que a situação do time colaborava para diversas mudanças, mas uma defesa mais sólida agradou o treinador.

Ofensivo ou defensivo, depende dos jogadores e da mentalidade do treinador. Apreciado ou não, depende dos jogadores à disposição e de como o time está treinado para jogar com o esquema. Será que a moda volta ao Brasil?

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