Horas depois de ter a situação complicada quanto à classificação para a próxima fase da Champions League, o russo Abramovic não pensou duas vezes e às 4 da manhã (segundo os jornais ingleses) demitiu Roberto Di Matteo. O mesmo treinador que cinco, seis meses atrás tirou leite de pedra e conseguiu o inédito título europeu para os blues.
O título rendeu um contrato para o jovem treinador e uma missão, reformular a "velha" equipe londrina. Chegaram nomes como Oscar e Hazard, mas em compensação, Drogba saiu. Por incrível que pareça esses jogadores rapidamente se entrosaram ao lado de Mata, Ramires e Torres e fizeram do time azul uma sensação na temporada. Ainda que careça de um centroavante matador, o Chelsea deslanchou na Premier League e fez grandes apresentações na Champion League. Mas, bastaram um sequência negativa para que tudo fosse posto à prova.
Em poucas rodadas o time deixou a liderança e ocupa a terceira colocação. Na competição europeia, a situação complicada e um iminente fiasco de ser eliminado na fase de grupos, exigiram mudanças no comando. Tudo isso à beira da disputa do Mundial de Clubes.
O nome da vez já foi escolhido. Rafael Benítez, ex-Liverpool e Internazionale, que conta, além do título europeu junto dos reds, com duas disputas intercontinentais no currículo. Uma derrota para o São Paulo e a consagração com a Inter. Benítez ainda conta com o fato de já ter conseguido extrair o melhor de Fernando Torres, nos tempos de Liverpool.
Título é importante, mas a mudança de treinador reflete no time azul a clara preocupação muito mais com sua representatividade europeia do que com a disputa com o Corinthians, no Mundial. Ficar fora da próxima edição do maior campeonato europeu seria mais trágico que a perca do título mundial. A troca foi providencial para dar uma nova dinâmica ao time azul, colocar um nome de peso à frente do comando e tentar manter o Chelsea como um protagonista no cenário europeu, mesmo que venha a cair na fase de grupos da atual edição.
Trocar tanto de treinador é uma prática pouco usual no futebol europeu, mas em alguns momentos ela é providencial. Não se via no Chelsea nada além do apresentado no início da temporada. Quem sabe Benítez não dê novo rumo ao time e de quebra deixe-o encaixadinho para o Mundial? A certeza é que tudo que ele precise fazer é não deixar o time descambar e ficar longe das quatro vagas para a Liga dos Campeões, como na última temporada.
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