Na última quarta-feira, escrevi aqui os motivos benéficos de uma mudança no comando técnico do Chelsea. Apoiei a decisão de Abramovic, apesar de não achar válida tal tipo de atitude, seja com Di Matteo, com Guardiola ou com Mano Menezes. Acabar com um trabalho no meio é coisa de amador, mas dependendo da situação é aceitável e em alguns casos, inevitável, como aconteceu com o ex-técnico do Chelsea.
E nessa sexta-feira, depois de mais um título do incrível Superclássico das Américas, Mano Menezes foi demitido. A situação já era tensa após o jogo, mas depois de tudo que Mano suportou na seleção, essa era um dos poucos momentos em que ele não deveria sair.
Sempre critiquei o ex-treinador do Corinthians. E assim como eu, muitos duvidavam de sua capacidade à frente de uma seleção. Uma vexatória Copa América resumiu o primeiro ano no comando da seleção, mas depois disso, muita coisa mudou. A missão de renovação ele cumpriu, mesmo chamando um ou outro nome contestável e depois de dois anos, emfim a seleção tinha uma cara, um padrão de jogo. Mesmo sem vencer os grandes rivais, parecia que tínhamos mais da metade do time pronto para a Copa das Confederações.
De tudo que vi de seleção, Mano é um dos poucos treinadores que faz seu time jogar com a bola no chão, no melhor padrão Barcelona de qualidade, mas com todas suas ressalvas. Não vejo Muricy, muito menos Felipão como uma aposta certeira. Mudar o estilo não ajudaria em nada o trabalho visando o Mundial de 2014. Tite tem um perfil parecido mas a sensação que tenho de vê-lo no comando da seleção canarinho é a mesma que tinha quando vi Mano.
Estamos à menos de dois anos da Copa, cuja qual teremos uma incrível responsabilidade e se ainda não temos um time pronto, agora também não temos um treinador.
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