Listar os grandes nomes da história do Rangers é algo quase impossível. A lista vai desde Moses McNeil (um dos fundadores do clube), passando por John Greig e Sandy Jardine (jogadores que mais atuaram com a gloriosa camisa azul) até chegar em Barry Ferguson, um dos últimos grandes ídolos da equipe, ao lado David Weir. Jogadores que são protagonistas de uma história magnifica com mais de 100 títulos.
Mas, uma mancha nessa história de 140 anos veio na última temporada. Não por culpa dos jogadores, mas por culpa de más administrações que afundaram o clube em dívidas que culminou com um rebaixamento à quarta divisão nacional. Chegou um momento que toda a história foi posta em cheque, tamanho eram os problemas.
A quarta divisão chegou e claro que junto dela, nada de reforços à altura dos "Teddy Bears". Manter alguns dos nomes que disputaram a primeira divisão era algo improvável, tanto que nomes como Jelavic, Davis, McGregor, Naismith, Edu, Lafferty, Whittaker e outros mais não pensaram duas vezes e até entendidamente optaram por outros clubes, pequenos ou grandes, mas que estejam disputando qualquer campeonato maior que a quarta divisão da Inglaterra. Mas um nome em especial rechaçou qualquer tipo de saída, Lee McCulloch já é um veterano. Ele chegou ao Rangers em 2007, depois de seis temporadas no Wigan, da Inglaterra e nunca foi uma unanimidade. Sua garra e dedicação sempre fizeram dele um líder em campo tanto que assumiu a braçadeira de capitão após a aposentadoria de Weir.
Porém, o que difere ele dos outros jogadores foi a permanência em Glasgow. Uns citam que não tinha para onde ir por causa de sua idade, mas isso chega a ser até injusto com alguém que hoje é o grande nome dos Gers. Assumiu a bronca de ser o "dono" do time em uma longa caminhada rumo à elite. Junto de alguns nomes experientes e também remanescentes como Wallace e Alexander, serão o suporte para os jovens. Mas como capitão e um ídolo solitário de uma torcida fanática, McCulloch além de cão de guarda no meio campo, também marca gols decisivos, como o que classificou os Rangers às quartas de finais da Copa da Escócia, em um duelo vencido contra o Moterwhell, da primeira divisão.
Com 34 anos e torcendo para que tudo se encaminhe conforme o sonhado, em mais três anos o capitão fará sua provável despedida na primeira temporada de volta do time à primeira divisão. Um prêmio que coroará esse jogador guerreiro, que não fugiu da raia no pior momento da história do time azul, deixando como um jogador que deverá entrar para o hall da fama do clube escocês, ainda que não tenha uma história tão gloriosa quanto outros nomes. Mas, para um ídolo ser verdadeiramente um ídolo, precisa muito mais que vitórias e títulos, precisa demonstrar amor à camisa que veste. E isso Lee McCulloch mostra que tem.
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