A melhor escolha

Agora é oficial, Pep Guardiola é do Bayern. O destino que poucos acreditavam figura como o lugar que mais agrada o treinador por diversos motivos. 

CONTRATO: Tal como no Barcelona (onde renovou seu compromisso por duas vezes) ele tem um prazo no clube bávaro. Três anos é o tempo necessário para que o clube tome a cara e o estilo do treinador. Na Inglaterra, a "eternidade" no cargo de times como Arsenal e Manchester United, e a insegurança de Manchester City e Chelsea tiveram peso negativo na decisão, afinal, nesses dois últimos, precisaria de resultados imediatos.

CATEGORIA DE BASE: Tradicionalmente o clube alemão sempre foi um grande formador, somado com o modelo de administração dos clubes alemães, que só gastam quando podem, faz com que sempre hajam revelações no time de cima. Do elenco profissional, nove jogadores vieram da base, sem contar os tantos que ainda estão representando o Bayern II.

TIME PRONTO: Assim como no Barcelona, Pep pegará um time formado -e provavelmente com o título nacional em mãos. Armados por Heynckes, que se aposenta ao final da temporada, poucas peças precisarão ser alteradas, além de contar com mais de um bom jogador por posição, o que facilita até a entrada de jovens.

ESTILO DE JOGO: Atrás da Espanha, a seleção que mais chama atenção no momento por seu futebol é justamente a alemã, que tem a base vinda do Bayern. O estilo ofensivo e de toque de bola, favorito do treinador, não deverá ter entraves. O que precisará ser um pouco mais adaptado é a posse de bola, 

já que o futebol alemão tende a ser mais incisivo. Quem sai ganhando nessa é Joachim Löw, que receberá de braços abertos as disciplinas táticas impostas por Guardiola. 

LIVRE MOVIMENTAÇÃO NO CLUBE: Milan, Chelsea, Manchester City, Internazionale...todos eles tem em comum o fato de ter um dono, diferente do clube bávaro. EM Munique terá acesso irrestrito no clube e nas eventuais contratações, além de poder ter mais controle com os jovens.

COMPETITIVIDADE MAIOR: Difícil segurar o Barcelona, independente contra quem jogue, mas o fato é que a liga espanhola tem pouca disputa. Na Alemanha é diferente. Apesar das equipes não terem tantos craques quanto um Real Madrid, elas conseguem ser equilibradas e consequentemente deixar o campeonato mais difícil.

Se o resultado será tão bom quanto o do Barcelona, só o tempo dirá. Ele tem tudo para melhorar o futebol do Bayern e da seleção alemã. Revolução, não acredito. Os perfis das equipes se assemelham. Certo mesmo é que tanto Guardiola quanto o Bayern fizeram a melhor escolha possível para levar os bávaros de volta ao topo da Europa, ter um legado para vários anos e mostrar a eficiência de um clube organizado.