06/02/2013

Não foi o esperado


O retorno de Luis Felipe Scolari à seleção brasileira começou da mesma maneira que sua primeira passagem, com derrota (Em 2001, derrota por 2-0 para o Uruguai). A diferença é a base atual parece bem mais formada que o time que entrou em campo em 2001. Com o time quase que ideal não só por Felipão como por quase todos os torcedores, faltando apenas Thiago Silva e Marcelo dos titulares absolutos, enfrenta o primeiro grande teste em meses.

Se no papel o time tinha tudo para ir bem, dentro de campo vimos que para conquistar o hexa ainda precisará de muito trabalho. O meio campo ofensivo que todos sonhavam ver em campo pecou diversas vezes na marcação. Ramires e Paulinho, acostumados a terem um marcador ao seu lado, ficaram perdidos principalmente em fazer a cobertura de Adriano, "engolido" pela velocidade de Walcott. A saída de bola poderia ser com qualidade, porém nem sempre era certo. O segundo gol inglês saiu justamente em uma bobeada de Arouca, que entrou na segunda etapa, na saída de bola. Em devido momento do primeiro tempo, o time ficou cerca de três minutos sem avançar ao campo de ataque. Os laterais, além de perdidos na marcação, pouco chegaram ao ataque.

Com Ronaldinho, apesar do talento, o time ficou previsível, prejudicando até mesmo a movimentação de Oscar e Neymar. Basta ver o quão rápido o time ficou após a entrada de Lucas. Claro que, assim como disse Felipão, o jogador do Atlético-MG, está apenas começando a temporada, então ainda necessita um tempo para recuperar o ritmo de jogo. 

Neymar, aliás, precisa assumir o mesmo protagonismo do Santos, também com a camisa amarela. Diante de Cahill e Smalling, o brasileiro foi pouco incisivo, sendo dominado pela marcação em quase todos os lances e acabou o jogo sendo ironizado (via twitter) por Joey Barton.

No comando do ataque, Luís Fabiano mostrou que não é jogador para a seleção, me desculpem os que apreciam seu futebol. Apagado e pouco participativo, facilitou o trabalho da defesa inglesa. A entrada de Fred deu maior poderio à seleção brasileira, tanto que o gol e na sequência a bola na trave vieram de seus pés. 

Ao menos no gol podemos ficar mais tranquilo. Júlio César mostrou que ainda é o grande goleiro de três ou quatro anos atrás. Com boas e incríveis defesas fez o possível para evitar os gols. Mesma situação com a zaga, que não comprometeu e ainda contou com mais uma excelente participação de David Luiz.

Com algumas carências, principalmente com a camisa 9, o jogo valeu apenas por ser contra um adversário de peso, um teste que realmente põe a prova todo o trabalho e que deixou claro que a seleção tem muito a evoluir. Não está tudo errado, mas está longe de ser o futebol que esperamos ver.

Nenhum comentário:

Blogger templates